GNU/Linux: Razões para utilizar este Sistema Operacional

Vamos apresentar neste artigo, porque você que é um novo usuário não deve temer em se aventurar na utilização do Sistema Operacional GNU/Linux ou como é mais conhecido simplesmente “Linux”. E para os usuários mais assíduos, ficam algumas dicas que podem ser úteis. Não é um sistema operacional super complexo como muitos alegam, é tão amigável quanto qualquer outro sistema operacional que você pode ter usado. E acredito, já é usado em milhões de computadores em todo o mundo.

Para apresentar um conteúdo confortável para sua leitura, foram pesquisados vários artigos em diversos blogs, bem como a opinião prática do autor desta postagem. Vale lembrar que trechos deste artigo pertencem a terceiros, referenciados no rodapé deste post na área de Fontes.

Trinta razões em forma de ferramentas que lhe darão a certeza de que o GNU/Linux é o sistema operacional ideal para o seu uso! Leitura recomendada para todos os níveis de usuários desse sistema operacional.

Para facilitar a leitura de você que é um cliente novo deste sistema, ou pretende se aventurar, passarei a utilizar o termo “Linux” para me referenciar ao S.O. GNU/Linux. Para aqueles que já são experientes e assíduos, peço desculpas, mas é algo comum em nossos dias e em breve postarei a explicação da diferença (importante por sinal) entre os termos.


1 – Gratuidade

Os recursos que nós desejamos ter em nossas máquinas modernas são facilmente disponíveis com o Linux. Você gosta de assistir filmes? Você gosta de ouvir músicas? Você conversa com amigos ou com a família através de mensagens instantâneas ou e-mail? O Linux tem todos esses recursos. Você não precisa mudar de sistema para ter acesso a esses recursos.

Outro fator importante é já que o Linux é um software de código aberto e grátis, não é possível testar antes de comprar, pois é impossível de comprar. Por isso as distribuições Linux não lhe dão a oportunidade de testar o software antes de “pagar”.

Há apenas uma versão live, distribuída por muitos desenvolvedores/fabricantes geralmente junto com a versão oficial. Essa versão em Live CD, é para degustação do sistema antes que o usuário decida se vai ou não realmente instalar aquela “distro” ou distribuição.


2 – Liberdade

Empresas como a Dell, Asus e Acer produzem regularmente computadores que utilizam o Linux para uso do consumidor. Além disso, empresas como Google e IBM utilizam Linux em seus ambientes corporativos. Linux funciona na maioria dos servidores que armazenam as páginas web que formam a Internet.

Ao utilizar um Sistema Operacional com kernel Linux, você não paga por sua propriedade e é livre para utilizar, modificar, copiar e redistribuir a vontade.


3 – Estabilidade

Os pontos fortes do Linux são a sua estabilidade e seu ciclo de desenvolvimento rápido. Você provavelmente nunca ouviu a respeito de acidentes com computadores Linux, nem que ele vai ficar para trás do ponto de vista tecnológico. Linux oferece uma experiência de desktop limpo, eficiente e moderno.

Linux também dá ao cliente um computador utilizável para modelos com mais de uma década de idade. Você pode ter um Compaq ou Hewlett Packard com Linux instalado e funcionando novamente, para o trabalho escolar do seu filho ou pesquisar na Internet, entre uma série de outras atividades.


4 – Variedade

A maioria dos grandes programas estão disponíveis para Linux, como o Firefox e o Thunderbird, e quando não existem alternativas que na maioria dos casos são melhores, como o revolucionário tocador de áudio Amarok ou o cliente de e-mail Evolution. Além de tudo isso, seu telefone ou sua televisão podem estar executando uma versão do Linux agora sem você saber. Centenas e centenas de aparelhos, de telefones celulares a câmeras de segurança, usam o Linux para operar.


5 – A Instalação do Sistema Operacional (Distribuição)

Não há mais mistérios em se instalar um Sistema GNU/Linux, cada distro tem algo em particular, mas em seu todo, todos seguem o mesmo princípio. Um Sistema GNU/Linux é compatível com várias plataformas de hardware, sendo necessário apenas você baixar a versão para a qual irá necessitar trabalhar, isto é: i386, alpha, arm, hppa, hurd-i386, ia64, m68k, mipsel, mips, powerpc, s390, sh, sparc.

Se quiser conhecer melhor a sua estrutura, recomendo o Guia Foca, um e-book com um conteúdo bem completo sobre este sistema e ainda dividido em níveis (Iniciante, Intermediário, Avançado). Há vários “how to” na internet e o melhor e mais indicado para os Brasileiros é o Viva o Linux, onde você pode verificar artigos diários sobre o sistema e seu funcionamento, além de vários problemas resolvidos de outros usuários, vale a pena conferir.

Inicialmente, sempre aconselho novos usuários a pegarem o distros mais populares (Debian, Mint e Ubuntu por exemplo), porém no final é sempre bom testar mais de uma, para verificar o seu próprio gosto. O motivo de indicar estas distros aí acima é simples, fácil de se instalar e reconhece praticamente tudo de cara.


6 – A instalação de software é demasiado fácil

A instalação de software nas distribuições Linux, com seus gerenciadores de software, são demasiadamente fáceis.

6.1 – Central de Programas do Ubuntu

Com a “Central de Programas do Ubuntu”, por exemplo (recentemente atualizada para “Ubuntu Software” com a nova versão 16.04 LTS), basta fazer uma pesquisa, selecionar as aplicações/bibliotecas que desejamos instalar e em poucos segundos elas estão instaladas. Simples, fácil e eficaz.  As pessoas estão habituadas a fazer muitas pesquisas e muitos click’s antes do programa estar instalado.

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Fonte da Imagem: Google

Além desta “Central” existente na distro Ubuntu, há também o APT.

6.2 -Apt-get e Aptitude

O apt é uma ferramenta que após a instalação do sistema lhe auxilia na instalação, reinstalação, atualização e remoção de pacotes no Linux. Com ele temos a vantagem de se quisermos instalar um programa que necessita de dependências (outros pacotes) pra funcionar corretamente, o próprio apt se encarrega de localizar e instalar pra gente.

Para utilizar no terminal use o comando inicial: apt-get ou aptitude (verificar a instalação deste último).

Para trabalhar melhor com dependências, quando estas são solicitadas, pode-se utilizar o aptitude, que é um programa interativo que pode ser usado em modo semi-gráfico no terminal. Você pode navegar na lista de pacotes disponíveis e instalados, buscar em todas as informações disponíveis e selecionar pacotes para instalar ou remover. O programa é projetado especificamente para ser usado pelos administradores, de forma que seu comportamento padrão seja muito mais inteligente que o do apt-get e sua interface muito mais fácil de entender.

aptitudeFonte da Imagem: Debian Handbook

6.3 – Synaptic

Synaptic é um gerenciador de pacotes gráfico para o Debian (e seus derivados) que possui uma interface gráfica limpa e eficiente baseada em GTK+/GNOME. Seus muitos filtros prontos para uso permitem o acesso rápido a novos pacotes disponibilizados, pacotes instalados, pacotes atualizáveis, pacotes obsoletos e muito mais. Se você navegar através destas listas, você poderá selecionar as operações a serem feitas nos pacotes (instalar, atualizar, remover, expurgar); estas operações não são realizadas imediatamente, mas postas em uma lista de tarefas. Um único clique de um botão então valida as operações, que são então realizadas todas juntas.

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Fonte da Imagem: Debian Handbook


7 – Maior Segurança x Poucos Vírus

A segurança hoje é o ponto fundamental de qualquer sistema, principalmente em máquinas interligadas por redes, onde o simples tráfego de informação já se torna um risco para a empresa, mesmo sendo apenas dentro de seu ambiente de trabalho.

O GNU/Linux é um Sistema bastante seguro, portanto não é tão comum a necessidade de ter um anti-vírus + anti-spyware + anti-adware + qualquer coisa para proteger os seus dados. Embora haja várias softwares para esta finalidade. Um destes por exemplo é o ClamAV (ou ClamTK no modo gráfico).

A situação mais comum e que explica este fato, é que praticamente a maioria dos Malwares (ameças digitais) criados são para plataformas mais utilizadas entre os usuários domésticos e corporativos (é o caso dos Sistemas da Microsoft e Apple).

Mesmo sendo muito mais seguro que seus concorrentes do mercado, é sempre bom ter algum software antivírus instalado, vale a pena verificar a melhor opção para o seu caso.


8 – Programas / Softwares Baratos

Outro ponto que era considerado empecilho para novos adeptos ao Linux, eram os softwares e aplicativos, mas hoje já não se pode utilizar isto como barreira ou desculpa. É claro que se você fizer uma classificação, veremos que existem áreas em que somos mais ou menos providos em relação a recursos, mas mesmo assim, temos uma demanda enorme de produtos para utilizar.

As distribuições linux não possuem uma Suite de produtividade como o Microsoft Office que custa em média uns R$ 400,00. Embora os softwares deste pacote sejam muito difundidos, principalmente no meio corporativo, há softwares de igual qualidade e gratuitos disponibilizados entre a Comunidade Open Source.

O LibreOffice.org é gratuito e opensource, portanto se não se paga.

Infelizmente uma cultura muito popular, principalmente aqui no Brasil é que “Se não se paga não presta” ou “Se é de graça, não deve ser bom”.

Abaixo segue uma lista de algumas alternativas no GNU/Linux para Softwares que rodam em Windows:

  • Microsoft Office ————————————–> LibreOffice
  • Adobe Photoshop ————————————> GIMP
  • Adobe Illustrator ————————————-> Inkscape
  • Adobe Premier Pro ———————————–> Inkscape
  • CorelDraw ——————————————–> Inkscape ou LibreOffice Draw
  • Criador de DVDs do Windows ———————> Brasero
  • Camtasia ———————————————-> Kazam
  • Sony Vegas Movie Studio —————————> Kdenlive
  • Nero —————————————————> K3B
  • AutoCAD ———————————————-> Draftsaigth
  • 3DS MAX ———————————————> Blender
  • μTorrent ———————————————-> qBitTorrent / Transmission
  • Notepad++ ——————————————-> Sublime Text
  • Microsoft Office Outlook / Outlook Express ——> Thunderbird
  • Windows Media Player ——————————> Mplayer / Rhythmbox
  • eMule e outros P2P ———————————-> aMule / FrostWire / LimeWire
  • Avast Free AV / AVG AV e outros Antivírus ——-> ClamAV / ClamTK

9 – Muitos programas grátis para escolher

Existem milhões de aplicações para Linux totalmente gratuitas e a maioria delas é opensource.

São tantas as aplicações que as pessoas têm problemas em escolher aquelas que lhe agradam. Como já vimos acima, é possível utilizar softwares semelhantes aos seus concorrentes, com interfaces amigáveis e ainda gratuitos.


10 – Documentado bem demais

A Comunidade e Parceiros do GNU/Linux junta esforços para documentar todo o software, aplicativos e sistemas e até mesmo traduzir em várias línguas, incluindo o Português Brasileiro. No Brasil uma das maiores comunidades de apoio ao usuário/cliente do sistema é o Viva o Linux.

Pensamento retrógrado: Ora se a documentação está em Português não vai prestar… pois o que é em Inglês é que é bom… Infelizmente ainda muitos pensam assim.

Atualmente a Comunidade Ubuntu é a que mais possui documentação na internet.


11 – Suporte gratuito e rápido

Para além da documentação, das centenas de sites/blogs/fóruns e restantes comunidades que existem para o ajudar a gerir o seu sistema operacional, existem ainda vários canais distribuídos pelas redes de IRC, Telegram, Facebook, Youtube, Whatsapp, Twitter, etc, com pessoas dispostas a ajudá-lo em tudo o que for preciso.


12 – Interface Gráfica de Sua Escolha

Apesar da maioria das pessoas pensarem que Linux ainda é um bicho de 7 cabeças e ainda é tudo por linha de comandos, o Linux permite escolher entre vários Gerenciadores de Janelas (ex: Gnome, KDE, Xfce, Lxde, etc…) e personalizar totalmente o seu sistema operacional.

Existem muitas mais configurações possíveis para deskmod em Linux do que em MAC OSx ou Windows.


13 – Bem “Eye Candy”

Para além dos gerenciadores de janelas disponíveis, é possível a instalação de pequenas aplicações que apesar de terem como principal objetivo tornar o ambiente “Eye Candy”, facilitam a vida de quem trabalha com várias aplicações, podendo ter vários desktops (áreas de trabalho) no mesmo sistema e agrupar as aplicações em cada um deles.

“Eye Candy” é uma gíria do inglês que significa algo esteticamente agradável, pode ser uma pessoa, um filme, um pôr do sol, ou qualquer outra coisa que você não consegue parar de olhar.

Há ainda uma comunidade do Google+ Eye Candy Linux que possui conteúdo sobre personalização de distribuições Linux, um local onde os usuários modificam ou adicionam conky, papéis de parede, ícones etc para poder embelezar seus sistemas.

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Fonte da Imagem: AndeOns


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Fontes

Andre H O Santos

Pentester, Especialista em Segurança de Redes e Testes de Invasão, Programador, Consultor e Professor de T.I.. Geek Inveterado, Apaixonado por Segurança da Informação e Louco por GNU/Linux. Dedica grande parte do seu tempo para criar soluções que ajudem dezenas de milhares de pessoas com dicas e artigos em Tecnologia e Segurança da Informação. Possui algumas Certificações em Ethical Hacking, Cabling System, Security+, SIEM Netwitness, SIEM SNYPR Securonix e Proficiência em Soluções de Vulnerability Management da Tenable.

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2 Resultados

  1. Kuririn disse:

    Depois desta leitura vou tirar a resistência a qual eu tenho em relação ao sistema operacional GNU/Linux, tendo em vista dicas e conselhos passados por Henrike Lee.
    Desde já agradeço por estar disponibilizando de seu tempo para que assim outras pessoas venham conhecer coisas novas.

  2. Carlos disse:

    Ótima matéria, parabéns ao autor!

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